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Cabaré de Pombas Giras

Cabaré de Pombas Giras

domingo, 12 de maio de 2013

Quais são os Exus populares na Umbanda e Quimbanda?


Quais são os Exus populares na Umbanda e Quimbanda?

***Exu Sete Encruzilhadas: Tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como “porque há estrelas…” até as mais comuns como “quero saber se meu marido me engana…” Prefere beber uísque de boa qualidade e fumar charutos grossos. Sua voz é rouca, grave e forte. Quando está manifestado em algum médium, gosta também de azeitonas. Seu olhar é insustentável e quando se fixa em alguém, parece que o atravessa e sabe seus segredos mais íntimos. As pessoas que o conhecem sentem certa autoridade nele e o respeitam. Apresenta-se como um homem de idade avançada, de pele escura, barba e olhos vermelhos, cor de brasa. Traz a metade do seu corpo (o lado esquerdo) queimado, sendo que sua perna esquerda não funciona bem, por isto é muito comum que se apóie em um bastão.

***Exu Zé Pelintra: É originário do Catimbó do Nordeste, onde usa chapéu de palha, lenço vermelho no pescoço, fuma cachimbo e gosta de andar descalço. Receita chás medicinais para a cura de qualquer mal, benzer e quebrar feitiços dos seus consulentes. Na Umbanda/Quimbanda, é representado de terno branco, gravata vermelha, cravo na lapela e chapéu caido na testa, de acordo com a figura tradicional do malandro carioca. Particularmente versátil e ambivalente, aparece tanto na Umbanda, como preto-velho, como na Quimbanda, como exu. Vem acompanhado de toda a linha de malandros, entidades supostamente oriundas de pessoas envolvidas com o submundo, jogo, prostitutas, bebidas fortes e drogas.

***Exu Tranca-Ruas das Almas - Muito solicitado pelos terreiros antes de começar as sessões. Guarda as porteiras dos terreiros com sua falange, contra os quiumbas e também os recintos onde se pratica a Alta Magia.

***Exu Caveira: ajuda nos conflitos, ensinando as artimanhas da guerra e o modo de vencer inimigos.

***Exu Tata Caveira: provoca o sono da morte e manipula drogas e entorpecentes. Apresenta-se como uma caveira, vestido de preto.

***Exu Brasa: provoca de incêndios e domina o fogo. Concede o dom de andar sobre o fogo.

***Exu Pemba: propaga moléstias venéreas e favorece amores clandestinos. Apresenta-se como um mago.

***Exu Maré: facilita a invisibilidade das pessoas, dando-lhes poderes de se transportar de um lugar para outro. Sua apresentação é a de uma criatura normal. Provavelmente, uma corruptela de Oxumaré.

***Exu Carangola: faz as pessoas ficarem perturbadas e darem gargalhadas histéricas, dançando sem ter vontade; comanda o ritmo cabalístico da dança.

***Exu Arranca-Toco: Habita as matas. É especializado no domínio de tesouros.

***Exu Pagão: Separa casais. Tem poder de incutir ódio e ciúme nos corações humanos.

***Exu da Meia-Noite: é um dos mais invocados, porquanto é o encarregado de escrever toda a sorte de caracteres e tratar, especialmente, das forças ocultas. Segundo uma crença popular, foi ele quem ensinou a São Cipriano todas as sortes e mágicas que fazia. À meia-noite, o Exu da Meia-Noite faz a ronda do mundo físico, sendo por isso que, na Umbanda, deixa-se passar, pelo menos, uns cinco minutos da meia-noite para se sair à rua ou para se deixar um Terreiro. Na Quimbanda é exatamente à meia-noite que se fazem os despachos destinados ao Exu da Meia-Noite.

***Exu Mirim: influente sobre as mulheres e crianças, é preferido pelas Mães-de-Santo para os trabalhos de amarração. Apresenta-se com roupagem de criança.

***Exu Pimenta: especializado na elaboração da química e dos filtros de amor. Dá o verdadeiro segredo do pó que transforma metais. É reconhecido quando incorpora por um forte cheiro de pimenta que exala.

***Exu Malé: tem o poder das artes mágicas e das bruxarias que se realizam nos Candomblés. Apresenta-se com a forma de um Preto Velho, mas é reconhecido pelo forte cheiro de enxofre que exala.

***Exu das Sete Montanhas: domina as águas dos rios e das cachoeiras que saem das montanhas. Sua roupagem é da cor do lodo e deixa no ar, quando incorporado, um forte cheiro de podre, emanado do seu corpo fluídico.

***Exu Ganga: domina os despachos que se fazem nos cemitérios, tanto nos casos em que o trabalho é feito para o mal quanto para salvar alguém da morte. Apresenta-se vestido de preto e cinza, deixando no ar forte cheiro de carne em decomposição.

***Exu Marabô: fiscal do plano físico, distribui ordens a seus comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro, dominando o francês, apreciando bebidas finas e os melhores charutos. De gênio muito difícil, raramente apresenta-se em terreiros.

***Exu Mangueira: Semelhante ao Marabô, mas expele cheiro forte de enxofre quando está sendo incorporado. De gênio muito dificil, é necessário recorrer a entidades superiores para retirá-lo.

***Exu Caminaloá: trabalha ao lado do Exu Mangueira e é um dos seis mais poderosos. Apresenta-se comandando uma poderosa equipe de espíritos com a forma de Pretos, ornados de penas na cabeça e na cintura com argolas nos lábios, nas orelhas e nos braços. São esses espíritos, os especializados em provocar doenças mentais, até mesmo a loucura. O Exu Caminaloá é o Chefe da Linha de Mossurubi da Quimbanda.

***Exu Quirombô: atua como Exu Mirim, mas é especializado em prejudicar mocinhas, desviando-as para o “mau caminho”. Apresenta-se, também, como criança.

***Exu Veludo - apresenta-se como um fino cavalheiro muito bem vestido, tomando bons conhaques e fumando bons charutos. Possui “pés de cabra” e gosta de trabalhar com “as moças”.

***Exu Tiriri - despacha trabalhos nas encruzilhadas, matas e rios. Apresenta-se como um homem preto com deformação facial.

Fonte: http://www.facebook.com/PortalUmbanda

quinta-feira, 9 de maio de 2013

As Corujas Feiticeiras da Noite


As Corujas Feiticeiras da Noite


Iya Mi Ajé: Minha Mãe Feiticeira. Mas conhecida popularmente como Iyami Oxorongá. A sagrada mãe. Seus ritos é envolto de muito medo, mistérios e segredos. As Iya Mi são consideradas feiticeiras velhas ancestrais. São personificadas pelas corujas, pássaro noturno que pode trazer mal agouro. Elas representam todas as mulheres mortas.
Elas guardam o segredo da criação do universo e do homem.
Representa no Merindilogum (jogo de búzios) o Odu (caminho) Ôxê.
Seu culto é Yoruba e as grandes orixás Mães são as matriarcas deste culto: Oxum, Iemanja, Nanã Buruku, Oba.
Oculto a mulher, ao sagrado feminino sempre foi visto com maus olhos após o surgimento do Cristianismo. Com a ideia de que a mulher quem traiu o homem.
Iyami Ajé é a coruja da noite, a rasga-mortalha. E que tudo vê, a feiticeira. Sua arvore favorita é a Jaqueira.

Aulo Barretti Filho, escreve em O Culto dos Eguns no Candomblé: "Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Ìyámi Agbá(minha mãe anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyámi Oxorongá chamada também de Ìyá NIa, a grande mãe. Esta imensa massa energética que representa o poder da ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas "Sociedades Gëlèdé", compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino."
“Para Sergio Ferretti (1989:186) o culto a Naê no Maranhão pode ser comparado ao das Iyamí Oxorongá da NigériaBenin e outras regiões da África - mães ancestrais respeitadas e temidas, que não incorporam e que têm o poder de se transformar em pássaro.”
Iya mi Oxorongá é um orixá de culto e não pode ser iniciado em ninguém. Apenas cultuado.



Adura Ìyámi Òsòróngà
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Ìyá kéré gbohùn mi
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Ìyá kéré gbohùn mi
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Ìgbàmú ile
Ìyá kéré gbohùn mi
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Ìgbàmú ile
Ìyá kéré gbohùn mi

Tradução:
Pequeninas mães, ó idosas mães
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Pequeninas mães, ó idosas mães
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Todas as senhoras dos pássaros quando eu
Cumprimo a terra
Pequeninas mães, ouçam minha voz

Todas as senhoras dos pássaros da noite
Todas as vezes que comprimo a terra
Pequeninas mães, ouçam minha voz



Elas são temidas por serem feiticeiras, por anunciar a morte com seus gritos. Mas por incrível que pareça elas são sabias, justas.
Conta a lenda de sua origem que...
Elas se tornaram perigosas para nós mortais por que no principio os humanos as ofenderam primeiro. Ambos foram criados juntos.
A feiticeira teve um filho e a mortal teve dez.
Naquela época havia apenas um único mercado. Que ficava situado entre o céu e a terra. A mortal precisou ir ate ele e deixou seus dez filhos com a Feiticeira. Correu tudo bem, a feiticeira tomou conta deles perfeitamente como combinado.
Iyami Osoronga precisou ir também ao mercado, e pediu a sua irmã mortal que cuidasse do seu único filho.
Durante a ausência da Feiticeira, os dez filhos da mortal decidiram matar um passarinho para comer. As crianças foram orientadas a ir na mata buscar carne, mas que não matasse o filho pássaro da feiticeira.
A mãe mortal foi até a mata buscar carne aos filhos, porém nesse intervalo os filhos dela mataram o filho pássaro da feiticeira.
Logo no outro extremo a Feiticeira pressentiu o fato. Largou as compras e retomou para casa.
Ao chegar ela já sabia do acontecido, mas não compreendeu, pois foi tão cuidadosa ao servir a irmã e o mesmo não aconteceu.
Triste e amarga ela resolveu deixar tudo que tinha...
Iay Mi correu a floresta para contar o acontecido para seu irmão Iroko.
Assustado com a historia ele decidiu vingar dos filhos da mortal. Iya Mi então começou a picar as crianças, uma a uma. E Iroko a mata lãs.
Orunmila intercedeu entre Iya Mi e Iroko, pedindo clemência pelas crianças. Em contra partida Orunmila introduziu o sacrifio de animais para apaziguar a fúria da Iya Min.
Da se pra ela: Ovos, óleos animais, coelhos entre outros.
Dessa maneira ele reconquistou Iya Mi. Deu grande festa e um imenso banquete a ela. Levou um exercito de homens para corteja La.
Houve então a reconciliação.
Ai vai um segredo, se apazigua as Iya Mins agradando as e não indo contra elas.
Diz se que a elas foi dado o poder de vigiar os homens quando Deus fosse tomar banho. Logo pela manhã, após seu banho elas davam ordem para o galo cantar.

Canção:
"Mãe destruidora, hoje te glorifico:
O velho pássaro não se aqueceu no fogo.
O pássaro doente não se aqueceu ao sol.
Algo secreto foi escondido na casa da Mãe...
Honras a minha Mãe!
Mãe cuja vagina atemoriza a todos.
Mães cujos pêlos púbicos se enroscam em nós.
Mãe que arma uma cilada, arma uma cilada.
Mãe que tem montes de comida em casa"
(Drewal, in Pemberton, 1982, p. 56)

Cantiga:
“Mãe toda poderosa, mãe do pássaro da noite (...)
Grande mãe com quem não ousamos coabitar
Grande mãe cujo corpo não ousamos olhar
Mãe de belezas secretas
Mãe que esvazia a taça
Que fala grosso como homem,
Grande, muito grande mãe no topo da árvore iroko,
Mãe que sobe alto e olha para a terra
Mãe que mata o marido mas dele tem pena”
(Beier in Pemberton, 1982, p. 192).
 “Ela é o poder em si, tem tudo dentro de seu ser. Ela pode tudo. Ela é um ser auto-suficiente, ela não precisa de ninguém, é um ser redondo, primordial, esférico, contendo todas as oposições dentro de si. Awon Iyá são andróginas, elas têm em si o Bem e o Mal dentro delas, elas têm a feitiçaria e a anti-feitiçaria, elas têm absolutamente tudo, elas são perfeitas” (Carneiro da Cunha, 1984, p. 8).


Por Magno Constantino 

Exu Pimenta


Exu Pimenta

Sabe aquela pessoa que nos fala a verdade de inicio você não gosta mas depois de refletir da razão?! Essa é a característica marcante deste Exu.
Conta a lenda que viveu em meados de 1420 em Portugal. Pouco se sabe de sua encarnação. Foi comerciante com grande poder de persuasão, o que lhe trouxe fama e sucesso em seus empreendimentos. Trabalha hoje como Guardião de Umbanda devido ao fato de que em vida (encarnado) abusou do poder e investiu em luxos mundanos. Hoje nos trabalhos de Umbanda declara ter errado, sofrido e aprendido.
Exu Guardião da linha de Xangô, Ogum e Iansã. Seus parceiros de trabalho são Sr. Pinga Fogo, Exu Brasa, Exu Bará entre outros.
Seu trabalho no espiritual é trazendo punições aos encarnados que debocham e destroem a imagem de exu e pomba gira. Não suporta médiuns falsas incorporações e médiuns indisciplinados.
Mas no geral é solícito, alegre, elegante e único.
É conhecedor de feitiços de amor.
Usa vermelho.
Bebe: bebidas quentes, finas e fortes. Geralmente com uma pimenta dedo de moça dentro.
Fuma: Charutos finos.

Por Magno Constantino 

Sete Reinos de Exu


A Quimbanda é dividida por Reinos



Sendo que cada um destes reinos se dividem em nove povos de Exu.
Cada povo conta com um comandante, chamado de Exu Chefe.
Esses reinos são organizados de acordo com o local onde esses Guardiões moram e recebem suas oferendas.
1)    Reino das Encruzilhadas: Comandantes: Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pombo gira Rainha das Sete Encruzilhadas.
São senhores dos caminhos, das passagens e das encruzilhadas.
REINO DAS ENCRUZILHADAS.

1) Povo da Encruzilhada da Rúa.- Chefe Exu Trancarúas
2) Povo da Encruzilhada da Lira.- Chefe Exu Sete Encruzilhadas
3) Povo da Encruzilhada da Lomba.- Chefe Exu das Almas
4) Povo da Encruzilhada dos Trilhos.- Chefe Exu Marabô
5) Povo da Encruzilhada da Mata.- Chefe Exu Tirirí.
6) Povo da Encruzilhada da Kalunga.- Chefe Exu Veludo
7) Povo da Encruzilhada da Praça.- Chefe Exu Môrcego
8) Povo da Encruzilhada do Espaço .- Chefe Exu Sete Gargalhadas
9) Povo da Encruzilhada da Praia- Chefe Exu Mirim.
2) Reino dos Cruzeiros: Comandantes: Exu Rei dos Sete Cruzeiros e Pombo gira Rainha dos Sete Cruzeiros. Atuam em pontos de cruz. Não em encruzilhadas! E sim em cruzes de cemitério, cruzes de igrejas etc.
REINO DOS CRUZEIROS

1) Povo do Cruzeiro da Rúa.- Chefe Exu Tranca Tudo
2) Povo do Cruzeiro da Praza.- Chefe Exu Kirombó
3) Povo do Cruzeiro da Lira.- Chefe Exu Sete Cruzeiros
4) Povo do Cruzeiro da Mata.- Chefe Exu Mangueira
5) Povo do Cruzeiro da Kalunga.- Chefe Exu Kaminaloá
6) Povo do Cruzeiro das Almas.- Chefe Exu Sete Cruzes
7) Povo do Cruzeiro do Espaço.- Chefe Exu 7 Portas
8) Povo do Cruzeiro da Praia.- Chefe Exu Meia Noite
9) Povo do Cruzeiro do Mar.- Chefe Exu Karunga (kalunga grande)

2)    Reino das Matas: Comandantes: Exu Rei das Matas e Pombo gira Rainha das Matas. Regem as matas e locais que tenham arvores. Não atuam em cemitérios.
REINO DAS MATAS

1) Povo das Árbores .- Chefe Exu Quebra Galho
2) Povo dos Parques .- Chefe Exu das Sombras
3) Povo da Mata da Praia.- Chefe Exu das Matas
4) Povo das Campinas.- Chefe Exu das Campinas
5) Povo das Serranías.- Chefe Exu da Serra Negra
6) Povo das Minas.- Chefe Exu Sete Pedras
7) Povo das Cobras.- Chefe Exu Sete Cobras
8) Povo das Flores .- Chefe Exu do Cheiro
9) Povo da Sementeira.- Chefe Exu Arranca Tóco

4) Reino da Kalunga Pequena (Cemitério) Comandantes: Exu Rei das Sete Calungas ou Kalungas e Pombo gira Rainha das Sete Kalungas.
Sãos os Reis e Rainhas do cemitério. Atuam exclusivamente da porta para dentro dos cemitérios.
REINO DA KALUNGA.

1) Povo das Portas da Kalunga.- Chefe Exu Porteira
2) Povo das Tumbas.- Chefe Exu Sete Tumbas
3) Povo das Catacumbas.- Chefe Exu Sete Catacumbas
4) Povo dos Fornos.- Chefe Exu da Braza
5) Povo das Caveiras.- Chefe Exu Caveira
6) Povo da Mata da Kalunga.- Chefe Exu Kalunga (conhecido tambêm como Exu dos Cemitérios)
7) Povo da Lomba da Kalunga.- Chefe Exu Corcunda
8) Povo das Covas.- Chefe Exu Sete Covas
9) Povo das Mirongas y Trevas.- Chefe Exu Capa Preta (conhecido tambêm como Exu Mironga)

5) Reino das Almas – Comandantes: Exu Rei das Almas Omulu e Pombo gira Rainha das Almas. São os Reis e Rainhas da Lomba. Pois governam os guardiões que atuam em lugares altos, despenhadeiros, abismos. Trabalham também em hospitais, reformatórios e presídios.
REINO DAS ALMAS

1) Povo das Almas da Lomba - Chefe Exu 7 Lombas.
2) Povo das Almas do Cativeiro- Chefe Exu Pemba.
3) Povo das Almas do Velôrio- Chefe Exu Marabá.
4) Povo das Almas dos Hospitáis.- Chefe Exu Curadô
5) Povo das Almas da Praia.- Chefe Exu Giramundo.
6) Povo das Almas das Igrejas e Templos .- Chefe Exu Nove Luzes .
7) Povo das Almas do Mato .- Chefe Exu 7 Montanhas.
8) Povo das Almas da Kalunga .- Chefe Exu Tatá Caveira.
9) Povo das Almas do Oriente.- Chefe Exu 7 Poeiras.

6) Reino da Lira – Comandantes:  Exu Lúcifer e Maria Padilha. Esses são nomes sincréticos porem adotados tanto na Umbanda, no Candomblé e na Quimbanda. Porém preferem Rei das Sete Liras e Rainha das Marias.
Lira por representar música, dança, sensualidade e movimento. Atuam nas artes, em bares, boates, Cabares etc.
REINO DA LIRA

1) Povo dos Infernos .- Chefiado por Exu dos Infernos
2) Povo dos Cabarês.- Chefiado por Exu do Cabarê
3) Povo da Lira.- Chefiado por Exu Sete Liras
4) Povo dos Ciganos.- Chefiado por Exu Cigano
5) Povo do Oriente.- Chefiado por Exu Pagão
6) Povo dos Malandros.- Chefiado por Exu Zê Pelintra
7) Povo do Lixo.- Chefiado por Exu Ganga
8) Povo do Luar.- Chefiado por Exu Malê
9) Povo do Comércio.- Chefiado por Exu Chama Dinheiro.

7) Reino da Praia – Comandantes: Exu Rei da Praia e Rainha da Praia. Regem locais que tenham água: rios, córregos, cachoeiras, praias. Podem atuar tanto dentro quando as bordas das águas doces ou salgadas.
REINO DA PRAIA.

1) Povo dos Rios.- Chefiado por Exu dos Rios.
2) Povo das Cachoeiras.- Chefiado por Exu das Cachoeiras.
3) Povo da Pedreira.- Chefiado por Exu da Pedra Preta.
4) Povo do Marinheiros.- Chefiado por Exu Marinheiro.
5) Povo do Mar.- Chefiado por Exu Marê.
6) Povo do Lodo.- Chefiado por Exu do Lodo.
7) Povo dos Bahianos.- Chefiado por Exu Bahiano.
8) Povo dos Ventos.- Chefiado por Exu dos Ventos
9) Povo da Ilha.- Chefiado por Exu do Côco.

Por Magno Constantino 

As Caveiras da Umbanda


As Caveiras da Umbanda


Chefe: Exu Caveira, comando as caveiras ou esqueletos. São as entidades mais conhecidas, respeitadas e procuradas da Quimbanda. Conforme me foi pedido por alguns Irmãos de Fé vou compartilhar conhecimentos sobre o Exú Tatá Caveira, entidade muito divulgada no grupo dos Caveiras. O nome Tata não indica velho dentro dos Reinos da Quimbanda.
E os espíritos que recebem o nome de Caveira, ou atuam desta maneira, foram militares em suas encarnações. Geralmente desencarnaram em batalhas ou guerras.
“Cada Exú ou Pomba Gira tem sua história, que é bem pessoal e só transmite à seu médium, pois se trata de um segredo, fundamento pessoal que guarda toda a força da entidade, bem como cada Exú ou Pomba Gira tem seu nome verdadeiro, o qual só revela ao seu médium.”
Todos os guias da linha de caveira descem curvados, pois não possuem carne, são esqueletos! E se mostram assim também no plano espiritual.
São trabalhadores sérios, atentos e sábios.
Trazem a dor ou a cura...
Recebem oferendas em qualquer lugar porém seu maior ponto de força é a primeira sepultura preta do lado esquerdo de entrada. Ou atrás do cruzeiro das Almas.
Linha das Caveiras:
Exú Caveira ( Chefe)
Tatá Caveira (Sub Chefe)
João Caveira ( secretário de Exú Omulú Chefe da Linha de Exu das Almas )
Pomba Gira Rosa Caveira ( secretário de Exú Omulú Chefe da Linha de Pomba Gira das Almas )
Exú Caveirinha
Exú Caveira Meia-Noite
Exú Catacumba
Outra característica das suas incorporações é que só trabalham descalço. Vestem cores escuras e recebem velas pretas e brancas. Fumam charuto e bebem cachaça.

Por Magno Constantino 

domingo, 14 de abril de 2013

Perfume de Pomba Gira


PERFUME MARIA MOLAMBO (PEGA/ CHAMA HOMEM)


1 vela vermelha; 
1 rosa vermelha; 
Taça de champanhe;
Dose de Pinga 
Perfume de aroma forte, sem spray (exceto cítrico e alfazema); 
Celofane vermelho;
jarra de vidro.   

Segunda-feira de Lua Cheia, após 22hs.
Acenda vela para seu anjo de guarda. 
Reserve 1 taça com champanhe  Acenda 1 vela vermelha fora de casa (quintal ou encruza) e leve a garrafa de champanhe  oferte a Pomba gira, pedindo para si a atração e desejo dos homens. Banhe-se e fique sem roupa.

Despeje o perfume na jarra com a taça de champanhe  Adicione 7 pétalas da rosa, a dose de pinga.

Cubra com o celofane e deixe intacto por 3 dias, à sombra.

No 4º dia, despeje tudo em vidro de perfume (se tiver um pretendente, ponha o nome dentro do vidro).

Passe o perfume sempre debaixo para cima, dos pés ao pescoço. Nunca na cabeça. Pode ser usado por mulheres e gays.   

Por Magno Constantino
http://www.facebook.com/magno.constantino 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Roupas de Umbanda

Gente resolvi postar essas saias para mostrar o talento do

 Babalorixá Brenner. Ele é quem as idealizou...São muita 

mais bonitas pessoalmente! Todas as vestes de trabalho dos 

meus guias são feitas por ele. Além de talentoso possui o 

dom de entrar em sintonia com o guia e fazer aquilo que 

realmente sera de agrado do mesmo. Muito Obrigado Pai 

Brenner! Que os Orixas abençoe esse seu talento!















sábado, 30 de março de 2013

Maria Navalha – A primeira Pomba-gira?


Maria Navalha – A primeira Pomba-gira?


Texto escrito originalmente por Edmundo Pellizari

Os velhos Tatas do Rio de Janeiro de antanho, grandes conhecedores da Magia Africana, gostavam de contar a pitoresca história de Dona Maria Navalha.

Para alguns ela foi a primeira Pomba Gira brasileira. Sim! Afinal, a querida Maria Padilha foi espanhola, e a Bruxa de Évora, a Pomba-gira mais antiga, nasceu em Portugal. Maria Navalha foi brasileira legítima e carioca do bairro da Gamboa, zona portuária da cidade maravilhosa.

Sua história começou no final do século XIX, quando o bairro ganhou a primeira favela que se tem notícia, lá no Morro da Providência. Foi onde nasceu e cresceu uma mestiça de nome Maria. Linda, alta, forte, dona de um olhar magnético que chamava a atenção. Os sofrimentos da infância deram-lhe uma personalidade determinada e valentia. Aprendeu a se virar sozinha, pois desde cedo perdeu os pais e foi morar na rua.

Uma menina abandonada não tem muita opção, e logo ela foi introduzida no mundo da “vida noturna” e da malandragem, onde teve famosos mestres e mestras que a iniciaram na vida noturna. Foi nas ruas, cabarés e bares que a jovem Maria construiu sua fama e adquiriu seu “apelido”. Contam que ela bebia como um marinheiro, fumava como um estivador e brigava como um leão de chácara, mas sem perder a feminilidade. 

Capoeiristas famosos a respeitavam e tinha homem grande que tremia diante dela. Escondida no belo corpo sempre levava uma afiada navalha. Com seu gênio briguento conseguiu muitos inimigos. Nenhum deles tinha coragem de enfrentá-la de frente, cara a cara.

Toda Sexta-feira era sagrada para Maria. Ela se arrumava e ia para a Macumba, culto sincrético e respeitado nos ambientes mágicos do Velho Rio de Janeiro. A sessão começava tarde da noite e, no pequeno barracão do morro, ao som dos atabaques e cantigas, os Deuses da África e os Eguns baixavam juntos. Assim era o alegre canjerê, tudo misturado e sem uma ordem formal. Aqui rodava um Orixá, ali consultava um caboclo do mato e ao lado pitava um preto velho.

A Macumba era o culto do povo, dos simples e dos sofridos... Não era um antro de magia negra ou templo do demônio. Isso era o que diziam os preconceituosos de plantão, racistas, carolas e endinheirados ignorantes. Este tipo de gente ainda gosta de criticar as religiões de matrizes caboclas e africanas.

Foram nestas históricas Macumbas cariocas que as almas dos primeiros Exus baixaram (refiro-me aos espíritos e não ao Orixá). Somente mais tarde, com o advento da religião de Umbanda, é que estes trabalhadores do Mundo Invisível vão ser reconhecidos em sua total grandeza e sobrenatural mistério. Nesta época Exu era, sobretudo, o amigo do pobre, do desvalido, do injustiçado e da prostituta. O Rei da Noite e o Imperador da Macumba.

Dona Maria Navalha ouviu muito os conselhos dos Exus, despachou nas escuras encruzilhadas do porto, fabricou talismãs e usou figas. Ensinou banhos e simpatias para as colegas de trabalho, ouviu problemas dos clientes e enxugou lágrimas de muitas vizinhas. Era uma alma generosa dentro do corpo de uma guerreira.

A primeira parte da vida desta mulher terminou numa noite sem Lua. Ao cruzar um beco foi surpreendida por trás e levou uma fatal facada de um inimigo. Morreu na rua onde viveu e trabalhou. Começava a segunda parte de sua vida. Faleceu a Maria mulher e nasceu a Maria entidade!

Depois surgiram as lendas e muitas coisas foram ditas a respeito dela. Contam que foi amante de Zé Pelintra e até que o matou! Que ela teve trinta e três maridos, amantes estrangeiros etc. Dona Maria Navalha entrou para a história e virou mito. O certo é que depois de morta ficou mais viva que nunca.

Certa noite, desta vez lindamente enluarada, durante uma sessão de Macumba no morro, Dona Maria baixou no terreiro... Incorporou numa menina negra magrinha que estava num canto. Maria Navalha ergueu aquele frágil corpinho, tomou um aspecto imponente e falou para a assembleia que ficou maravilhada!

Assim surgiu a primeira Pomba-gira do Brasil, antes mesmo da Umbanda ter nascido. 

Um dos Pontos de Maria Navalha canta:

MULHER DE MALANDRO TEM NOME
E SE CONHECE PELA SAIA.
VARA CURTA E ONÇA BRAVA,
ELA É MARIA NAVALHA!

E Salve Dona Maria Navalha!

Cursor

Chuva de roses