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Cabaré de Pombas Giras
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Pomba Gira Rosa Vermelha
Em um dia, em pleno entardecer. Rubia, receosa apressou o passo ao perceber que estava sendo
seguida pelo bêbado da cidade. Entrou em ruas, mudou o percurso para despista
lo, mas não adiantava ele ainda a segui e cada vez mais rápido. Por incrível
que pareça a cidade estava deserta, e ninguém poderia ajuda lá.
Não conhecia a fama de que
aquele homem fizesse mal as mulheres, porem que bebia bastante a ponto de não
dar conta de fazer mal nem a ele mesmo. Mas isso não lhe tirava o medo e o
aperto no coração, mesma a muitos metros de distancia ela podia ouvir sua
respiração seca vinda por traz de seus cabelos. Tentava pensar no que levaria
aquele home a lhe fazer mal, pois nunca fez nada a ele.
Talvez sua rara beleza, aos
dezessete anos chama atenção daquele homem. Nunca tinha saído sozinha antes,
sempre andava na companhia de seus irmãos mais velhos. Hoje ao sair às
escondidas para tomar um ar, parecia ter sido castigo isso acontecer. Ser
seguida pelo bêbado Felinto. Quanto se deu conta já estava correndo, e ele
junto. E em dado momento, uma forte mão lhe arranca do chão e com a outra tampa
sua boca.
A enorme mão daquele homem
corria pelo seu corpo e ela já entendeu todo o motivo da perseguição. Luta e
debate se para se livrar mas é em vão, pois é frágil e delicada.
De repente funda profunda dor
finca em suas entranhas, sua virgindade estava sendo roubada a força. Com os
olhos embasados de tanta lagrima ela consegue ver a sombra dele se levantar e
sorrir de seu estado frágil. Quando se vira vê próximo de sua mão uma enorme
pedra pontiaguda. Então aproveita enquanto ele esta de costas fechando o zíper
e lhe da uma forte bancada na cabeça. Sua face escorre sangue, e ele ainda vivo
lhe aperta o pescoço. Ambos caem ao chão. Antes de dar seu ultimo suspiro ela
tem o prazer de ver Felinto falecer primeiro.
Passou longos e dolorosos
anos vagando por vales escuros e de trevas. Trazia cargas pesadas de outras
encarnações. Ter assassinado em seu destino tornava seu peso ainda maior.
Hoje trabalha na falange de
Rosa Vermelha.
Todas as Rosas atuam na
falange de Dona Rosa Caveira, com exceção de Rosa Vermelha que trabalha em
encruzilhadas, cemitérios e Cabarés.
Jas as moças de Rosa Caveira
são guardiãs, trabalham na captura de espíritos revoltos. Já Rosa Vermelha é
Pomba Gira de charme, encanto, sensualidade e carisma. É especialista em
assuntos de amor.
Rosa vermelha e Rosa Caveira
seriam uma só, porém com polos e faces distintas. Uma seria o polo negativo
enquanto a outra por sua vez positivo. É o equilíbrio das Rosas. Tendo trabalhos parecidos com dona Sete Saias.
Não pertence à falange de
Rosa Caveira. Charmosa, sensual e alegres estão sempre dispostas a trabalhar
especialmente se o assunto for o amor e o coração.
A Autora Claudia Baibich
defende a teoria de que Rosa Vermelha seria um meio termo entre Sete Saias e
Rosa Caveira.
Calunga e
encruzilhada.
Raramente Cabaré.
Bebida:
Finas
e caras
Fuma:
Cigarros
e cigarrilhas.
Guia:
Vermelha
e
Preta
Lugar:
Encruzilhada
em T
Metal:
Ouro
e prata
Mineral:
Pedra
da lua
Planta:
Rosas
vermelhas
Vela:
vermelha
Esta entidade não
quis revelar seu ponto de força!
Pontos Cantados de Pombagira Guardiã Rosa Vermelha:
Vem Rosa Vermelha
Cheia de amor
Quando ela acorda contente com a vida
Como canto do seu sabiá
Lá fora a beleza encanta
A natureza mais linda que há
No meu jardim tem uma rosa
pois foi ela quem plantou
É a rosa mais formosa
De todas as rosas que o mundo ganhou
Vem Rosa Vermelha
cheia de amor
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
Que rosa tão bonita
que rosa tão encarnada
Pomba Gira da Calunga
e tambémda Encruzilhada
Eu quero ver Pomba Gira
Eu quero ver
Eu quero ver
A senhora lá na Encruza
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
Rosa Vermelha
que perfuma a Umbanda
Rosa Vermelha
que perfuma a Umbanda
No Terreiro te chamamos
e a toda a sua banda
No Terreiro te chamamos
e a toda a sua banda
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
Rosa Vermelha
perfume que a natureza criou
Rosa Vermelha
perfume que a natureza criou
Traga para nossa vida
um pouquinho de amor
Traga para a nossa vida
um pouquinho de amor
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
Que perfume é este, que esta em todo ar?
Que força é essa que irradia o luar?
Quem é esta moça, que vem chegando devagar?
Com seu gingado, sempre a gargalhar.
Seu destino é estar sempre a rondar
Seja noite ou seja dia
está sempre a gargalhar.
Moça formosa é Rosa Vermelha
vencedora de demanda, rainha da encruzilhada
ecoou na madrugada, sua linda gargalhada.
Esta moça é bonita
ela é muito encantada
Sua força é espantosa
faz vibrar meu coração.
Seu sorriso é feiticeiro e induz à sedução.
Saravá morena linda
que veio da Encruzilhada
Sempre pronta a ajudar
Mas com ela não dá brincar!
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
Rosa Vermelha, Rosa Vermelha sagrada
Rosa Vermelha, Rosa vermelha Sagrada
És Guardiã poderosa da Calunga e da Encruzilhada
És Guardiã, poderosa da Calunga e da Encruzilhada.
Pontos por: CLAUDIA BAIBICH
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
CLAUDIA BAIBICH
FONTE:
http://pombagiras.blogspot.com
FONTE:
http://pombagiras.blogspot.com
Pomba Gira Maria Padilha dos 7 Cabarés
Seu
nome significa Rainha do fogo. Sua ultima reencarnação foi em Ilhéus, na Bahia. Era espanhola que veio
residir no Brasil. Foi morta na porta de um Cabaré. Em cada encarnação teve
sete homens, os quais trabalham para ela no Astral.
É
Rainha e tem autonomia em muitos pontos de atuação:
Rainha
do Inferno, do Candomblé, das Marias, dos punhais, dos ciganos entre outros.
É
a mais popular de todas, por sua eficiência e eficácia em seus rituais.
Já
foi conhecida como Rainha sem coroa, talvez por sua história. A de que era
rainha do coração de Dom Pedro. Ela negou todos os pedidos dele, pois queria
aproveitar sua vida na corte. Foi adorada como deusa das bruxas em Portugal e
Espanha.
Filha
única foi criada em Portugal por seus pais. Era uma família humilde. Sua mãe
era uma famosa feiticeira, dona de incríveis poderes e artes, cobrava caro por
suas magias, e não lhe faltava clientes. Os Pais de Padilha não eram um exemplo
de casal, discutiam muito, pois sua mãe não contentava com aquela vida humilde,
sonhava em posses, ouro e vaidade.
Em
uma dessas brigas sua mãe jurou o marido de morte. Dias depois ele morre,
vitima de um forte feitiço lançado por sua própria mulher. Maria sentiu se
sozinha desde então, pois tinha um bom relacionamento com seu pai, era seu
único companheiro e amigo. Por isso passou a nutrir grande ódio da mãe. Então
decida aos 13 anos ela sai de casa, na tentativa de se livrar de sua mãe e suas
pragas e feitiçarias. Antes de parte escuta a ultima palavra de sua mãe:
-Vá
sua ingrata! Mas retornaras pedindo minha ajuda! Vai implorar por meus
feitiços!
Fora
de casa, sua única chance de sobreviver era como prostituta. Padilha então, no
meu primeiro Cabaré fica conhecida como a “Virgem”. Tornou se a mulher mais
cobiçada e desejada pelos homens. Logo a noticia chegou aos ouvidos do Rei de
Portugal que um jovem de 15 anos era uma prostituta virgem.
O
rei então decide comprar sua virgindade por um valor incalculável, porém muito
alto para aquela época.
O
Rei então encantou se com Padilha. Mesmo casado e comprometido com políticas,
ele faz dela sua amante. Fez um trato com ela, daria a ela um cabaré para ela
liderar, e em troca ela jamais se deitaria com outro! Esperta e ambiciosa
Padilha aceita, o que facilita seus encontros às escondidas.
Muitos
anos se passaram e Padilha tinha o rei na palma de suas mãos, mesmo não o
amando arrancava deles todos seus caprichos e vontades. Ela então pediu a ele
mais seis cabarés. Queria ficar famosa, era Rainha, mas não ao lado do rei.
Certa
noite de lua cheia, um lindo homem, muito conhecido na cidade apareceu em um de
seus cabarés. Era o medico da cidade. Bastante famoso e rico, pois lucrava com
abortos de suas amantes e curava algumas pessoas de doenças e pestes. Ao mesmo
tempo em que curava, fazia o mal arrancando vidas dos ventres das mulheres
infiéis.
Bonito,
inteligente, jovem e encantador, ao ver Padilha desperta nela algo que ela
nunca tinha sentido antes. Sentia segurança, fica gelada, tremula ao velo. Mas
não sabia ao certo se era amor.
Como
o rei viajava muito, então eles mantinham um caso as escondidas. Era um romance
ardente, forte e enlouquecedor.
Um
dia, com muito movimento em um de seus Cabarés, ela resolve subir para seu
quarto para repousar. Segundos depois entra o rei com seus soldados segurando o
medico pelo braço.
-Este
é o homem quem se faz presente em sua cama quando aqui não estou?
Ela
então disse não estar muito bem de saúde. E o medico vinha todas as noites para
medica la. Sofria de fortes dores de cabeças, por isso solicitava os cuidados
dele. Não lhe disse antes para não preocupa lo.
O
rei não acreditou, sentia que ela estava mentindo. Então disse será que você o
ama mesmo?
E
começou a esfaquear o medico diante de Padilha.
Seu
coração doía, mas sua face não mudava, não podia derramar uma gota de lagrima
se quer. Tinha que sofrer calada e sorrindo.
O
ódio corria por suas veias, mas não podia demonstrar.
E
tinha plena convicção que se vingaria.
Ela
sabia que o amava, pois foi o único homem que a tratou como mulher, lhe deu
carinho e amor. Não era como o rei que a tratava como um objeto de sexo.
Contente
por ter eliminado suas suspeitas, então ela a toma e festeja sobre a cama.
Vindo a dormir de tão bêbado. Sua face era a mesma, Padilha não demonstrou em
nenhum momento a fúria que estava dentro de si.
Dois
dias se passaram, e só havia uma forma de acabar com a vida do rei, feitiço!
Assim ninguém poderia acusa la. Relutou, mas só havia uma pessoa capaz de fazer
isto por ela. Sua mãe.
Seu
ódio era tanto que engoliu o orgulho e foi ate ela. Ao chegar uma gargalhada se
ouve. Sua mãe já lhe aguardava.
-Eu
sei de tudo que lhe aconteceu, e vou te ajudar...
-E
quanto quer por isso? Perguntou Padilha.
-Nada,
o preço já foi pago! Você será Rainha, mas nunca terás um rei. Serás conhecida
aqui e no inferno, e terás muito poder.
Padilha,
ansiosa pergunta:
-Então
vai ou não me ajudar?
Outra
gargalhada se ouve de sua mãe, que já começa a fazer o ritual. Padilha fechava
os olhos para se concentrar... Sua raiva era imensa, não queria saber nas
consequências. Deseja vingança.
Cinco
dias depois estava o rei de cama. Doente. Tinha tanta saúde, e nenhum medico
descobriu o que atacou o Rei do dia para noite.
Padilha
a cada vez que recebia a noticia de piora do rei, não continha suas
gargalhadas.
O
rei então morre, depois de sete dias de agonia. Mas tudo ficou muito obvio para
o vilarejo. Não era novidade para ninguém que ela era um caso do rei e que sua
mãe era bruxa. Logo depois então começou a sofrer perseguições por causa disto.
Em
uma determinada tarde. Corria a noticia de que uma bruxa seria queimada na
praça. A única bruxa da cidade era sua mãe. Correu para a praça, que estava
lotada de gente aguardando a morte da feiticeira. Todos a olhavam com ar de
desconfiança, mas a temiam por ser filha de bruxa e ter um pouco de autoridade
que o Rei lhe dera.
Pela
primeira vez seus olhos escorrem água. A cena era triste e de arrasar o
coração. Ver sua própria mãe sendo queimada, com tudo era a única pessoa que
ainda lhe restava. Antes de falecer sua mãe ainda lhe chamou de rainha.
Antes
de este horror terminar, Maria correu ate a antiga casa de sua mãe e lá trancou
se. Estava determinada a aprender magia, só sairia de la quando tivesse
aprendido todos os feitiços, rituais e pragas.
Ao
voltar, suas meninas estavam loucas e temerosas. As ultimas noticias diziam que
a Rainha de Portugal fecharia todos os cabarés. Os boatos eram verdadeiros.
Mandou fechar todos os cabarés da cidade. Muitas meninas fugiram, outras foram
mortas. O ultimo cabaré era de Padilha, que decidiu morrer lutando.
Juntas
mataram muitos guardas, mas muitas foram mortas.
Morreu
sorrindo, pois sabia que outro reinado lhe aguardava. E por isso ficou
conhecida como uma das Rainhas do Inferno e dos sete cabarés.
O
ponto riscado é a assinatura do Guia, seja ele
exu, pomba gira, preto velho e etc. Cada um tem sua própria identidade.
Ele se identifica através do desenho. Cada traço tem, seu poder, seu
significado e seu fundamento. Usamos para fazer nossas oferendas para aquele
determinado guia em cima do ponto riscado dele.
Pontos Cantados
Abre essa tumba quero ver tremer,
Abre esse tumba quero ver balançar,
(bis)
Maria Padilha das Almas,
O cemitério é o seu lugar.
É na Calunga que a Maria Padilha mora
É no barranco que a Maria Padilha vai
girar.
(bis)
Maria Padilha das Almas
O cemitério é o seu lugar.
Quem não me respeitar
Oh! Logo se afunda
Eu sou Maria Padilha
Dos 7 cruzeiros da Kalunga
Moço, você conhece aquela moça
Que trabalha no escuro
Olhando osso,
Osso por osso,
Dente por dente,
Dia trás dia,
Hora trás hora
Ela é Maria Padilha
Ela é Maria Mulher,
Ela trabalha na Figueira,
Por ordem de Lúcifer.
Caminhou por toda a Terra
Na kalunga ela ficou
Lá na Encruza ou lá na rua
Ela é …
Camarada sua,
Maria, Maria Padilha Ela é.
Maria Padilha já chegou
Trago pra Ela uma linda flor
Festa no Terreiro, festa no gongá,
Chegou Maria Padilha para todo o mal
levá.
Maria Padilha,
Soberana da estrada,
Rainha da encruzilhada,
E também do candomblé,
Suprema é uma mulher,
de negro,
Alegria do Terreiro,
Seu feitiço tem axé,
Mas ela é, ela é,
Ela é…
A Rainha da Encruza,
A mulher de Lúcifer.
A Padilha não brinca,
Ela não é brincadeira não,
A quem mexe com ela fica maluco
Vira defunto e se torna caveira
E depois de caveira vira poeira
E vai morar com Exu Caveira.
Maria Padilha
Rainha do Candomblé
Firma Curimba
Que tá chegando mulher.
Maria Padilha é…
Rainha do Candomblé
Maria Padilha mora,
Nas portas de um cabaré.
Exu Maria Padilha
Trabalha na encruzilhada
Toma conta, presta conta…
No romper da madrugada.
Pomba-Gira minha comadre
Me proteja noite e dia
Trabalhando nas encruzilhadas
Com suas feitiçarias.
Maria, Maria Padilha Ela é…
Uma mulher faceira
Que trabalha á Meia Noite
E também a madrugada inteira.
Sete rosas encarnadas
Vou levar para essa Maria
Para afastar de mim,
Toda a feitiçaria.
Maria, Maria Padilha Ela é.
Ela é Maria Padilha
Da sandalinha de pau
Ela trabalha pró bem
Mais ela trabalha pró mal
Oia pombajiré, oia pombajirá, oia
pombajirá
De onde é que Maria Padilha vem
Aonde é que Maria Padilha mora
Ela mora na mina de ouro
Onde o galo preto canta
Onde criança não chora.
O povo dos Infernos é quem vai levar
Levar o que não presta pró além mar
Exu Rei da Lira é Lúcifer!
Maria Padilha…
Rainha Exu mulher!
Moça me dá
Um cigarro do seu
pra eu fumar
Que nem dinheiro eu tenho pra comprar
(bis)
Vivo sozinho
Vivo na solidão
Maria Padilha me dê
A sus proteção
Cemitério é praça linda
É lugar pra passear
Cemitério é praça linda
É lugar pra passear
Numa catacumba branca
Maria Padilha mora lá
Mora lá, mora lá,
Maria Padilha mora lá,
Mora lá, mora lá,
Maria Padilha mora lá,
Com uma rosa e uma cigarrilha
Maria Padilha já chegou,
E na Kalunga
Ela é Rainha
Ela trabalha com muito amor
Sete cruzeiros da Kalunga
É a morada dessa mulher
Ela é!
Maria Padilha,
Rainha do Candomblé…
§ Maria Padilha dos Sete Cruzeiros
da Calunga
§ Maria Padilha Rainha das 7
Encruzilhadas;
§ Maria Padilha Rainha dos
Infernos;
§ Maria Padilha Rainha das Almas;
§ Maria Padilha das Portas do
Cabaré;
§ Maria Padilha Rainha das 7 facas
( 7 navalhas);
§ Maria Padilha Rainha da
Figueira.
Por Magno Constantino
http://cantodoaprendiz.wordpress.com/2008/09/12/pontos-riscadosexemplos/
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